pantera negra - olho de diamante
sábado
XV
(Caminos exteriores que otros andan)
Aquí está el tiempo sin símbolo
como agua errante que no modela el río.
Y yo, entre cosas de tiempo,
ando, vengo y voy perdido.
Pero estoy aquí, y aquí
no tiene el tiempo sentido. Deseternizado, ángel
con nostalgia de un granito
de tiempo. Piensan al verme:
"Si estará dormido..."
Porque sin una evidencia
de tiempo, yo no estoy vivo. "
.
)JOSÉ HIERRO(
XXIV
quinta-feira
XXIII
quarta-feira
XXII
terça-feira
XXI
Quando conectados com os anjos, conhecemos em nós uma faculdade diferente de amar. Há em nós uma abertura diferente, onde as nossas barreiras de defesas se desvanecem. Há uma alegria que devora todo o ser. «Não é isso que sentes quando observas um ser pequeno (como já o foste, e te esqueceste!) e sentes que há qualquer coisa dentro de ti que se modifica?» Anjos, são crianças, as que povoam o mundo. «Não te esqueças disto: onde estiverem crianças, os anjos estão por perto.»
)Pantera Negra(
XX
Deleite dos sentidos profundos. Os sentidos da luxúria impregnada de paixão. A paixão que sendo vã, move todo o Ser num rasgo de vitória ou de derrota. «Dizem que se deve ter pelo menos uma paixão na vida, para conhecer a força do desejo e o aniquilamento total de todo o individualismo.»
)Pantera Negra(
XIX
Ata-se os cordões. Os cordões dos sapatos. O pé fica mergulhado dentro dele. Escondido, sobre uma máscara. O sapato. Assim, a alma fica também escondida em relação ao corpo. O corpo é o sapato com que a alma se veste. «Quem és tu? O sapato ou a alma? Quem realmente vive em ti?»
)Pantera Negra(
XVIII
Está frio... Está calor!!! Não se sabe ao certo o quê. É um certo sabor a quê sem sal ou açucar que invade os espaços quando estamos nem se sabe onde. Mergulhados algures entre o aqui e agora, entre um presente e um passado que nos chega esse estado indefinido. Nem o percebemos, e é essa a ironia. Reagimos quando estamos ou não em conformidade com as coisas, e de tudo isso vem esse estado de quê difuso. «Afinal, está frio ou quente aí dentro de ti? Sabes, o porquê?»
)Pantera Negra(
XVII
Lugares desconhecidos ou esquecidos??
Paredes que não pensamos. Estão alí, quase inexistentes. Paradas e ausentes. Os olhos não a percebem. Percorrerem-na cegos e mergulhados em detalhes mentais. «O que é uma parede para si?» - Já pensou nisso? - Ela está a um palmo do seu nariz e voçê não a vê. Como pode algo tão óbvio ser tão esquecido? Todos os dias se depara com ela, a parede, em todos os lugares comuns. «Já pensou na sua parede interior? Com que desenhos a pinta?»
)Pantera Negra(
XVI
A vaidade da Madame, jamais, aquecerá os corações que anseiam por calor humano. Ela, a Madame, dorme sobre a fogueira das vaidades fúteis e alimenta-se da exposição dela.
)Pantera Negra(
segunda-feira
XIV
Quando acordou, os seus cabelos tinham se transformado em fios de gelo!! Dizem que a sua beleza era tanta, e que como castigo nasceram-lhe fios transparentes, e porque segundo se ouviu, já nascera com coração de gelo!
XIII
Nada mais faço do que comer LEGUMES!!! Em nome de todos os animais, na minha boca não entram, pelo respeito que merecem. Pergunto-me: "Como é que se pode comer defuntos??" Nada melhor que substituir carne animal por SOJA.
XII
Oh, oráculo fala-me a verdade!! Diz-me que sou a mais bela entre as mil mulheres que habitam dentro de mim?
XI
Criamos a chama Amarela para termos a Mente Iluminada pela Luz Divina. Da Mente Iluminada nasce em nós o Céu Azul da tranquilidade.
(Pantera Negra)
sábado
X
Silêncio,
eis a tarefa
de todos os gatos.
Poucos sabem perscrutar
(talvez ninguém em plenitude)
o grau de solidão necessária
ao saber auto suficiente
para ser felino e doméstico
em sua tarefa de monge
guardião do inextricável
em quem o homem não percebe
a metafísica natural,
recolhimento
saber
sensualidade
e aceitação.
(Artur da Távola)
a beleza, o carisma, o fino trato,
um simples gato pode ser poesia...
1
Chegando devagarinho,
o gato leva o silêncio
ao canto do passarinho.
O amor indiscreto
dos gatos de rua
ofende a pureza da lua?
3
Na mesa posta,
o gato se lambe
porque se gosta.
Um pulo de gato,
gracioso e exato,
qual verso no ar...
5
Tapeando a rosa,
o gato antegoza
ciúmes do beija-flor...
O rabo do gato no muro
descreve uma interrogação
que insulta o cachorro no chão.
7
No rastro do rato,
o gato, sem bulha,
mergulha no mato.
Os olhos do gato preto,
repiscam no negrume,
namorando o vagalume.
9
Gato gaiato,
bola de pelo,
rola o novelo.
A gata dengosa no cio,
olhando o telhado vazio,
parece gemer sete vidas.
Resta vaga magia
quando o gato afia
as unhas no tapete.
A tarde se fica,
enquanto o gato
dorme na bica.
13
Na poça de rua,
um gato bebendo
o brilho da lua.14
Do gato, restou o ronronado;
mas do canário, coitado,
apenas as penas.
No contrazul da janela,
qual nuvem no contravento,
gato branco passa lento...
Um gato vadio
miando no frio:
assim me sinto.
17
Olhar de gato,
mesmo com sono,
ainda decifra o dono.18
Na rua antiga, cena de aquarela,
em cores triviais de tarde morna;
a madorna dum gato na janela.
O olhar da gata persa
conta uma estória inversa
das mil e uma noites.
Um gato pardo de andar
esguio e desafio
no olhar de esfinge.
21
Por causa dum gato,
sem dono nem sono,
perdi meu sapato.(Bartolomeu Correia de Melo)
IX
Há quartos perdidos no meio da cidade. Solitários e que esperam o corpo humano, para aquecerem os espaços e perderem-se no tempo em miragens mergulhadas de ternura.
Há quartos mergulhados em solidão à espera de serem forjados e mergulhados numa história que lhes é própria. Uma história sobre intimidades nunca reveladas. Dizem que "a verdadeira história dos quartos nunca é revelada. Que o silencio é mais pesado de que um quarto solitário."
(Pantera Negra)
VIII
Black&White, centopeia de mil pernas fechadas no cérebro quadrado. Rasga-se a memória de duas dimensões sem atropelos. A quarta dimensão aproxima-se devagar. O Twilight Zone, o HiperCubo. A viagem começa. Fecha os olhos e o espelho falará a verdade se tiveres ouvidos!
(Pantera Negra)
VII
Vem e vem, sem temor. Suavamente e suavamente vem. És linda e formosa. Deixa-me servir os meus dentes afiados à tua carne aflita de amor. Não temas esta doce morte, porque dela o meu espirito será a chama que salvará a tua alma da sua lama vitima da paixão.
(Pantera Negra)
VI
Rasga-se o ventre da terra, qual cavalo selvagem! São negros como a terra não amada. Mas, dentro de cada Ser humano existe a pequena Luz de que um dia a Terra toda se vestirá de branco, para voltar a brotar a pureza incorrompida.
(Pantera Negra)
sexta-feira
V
IV
III
quinta-feira
II
I
Uma gota sobre o oceano, diz que:
0
Assim, se passam os dias no deleite dos felinos enlaçados no meu regaço!!!